Sempre incentivada pelos pais, jogava vôlei e aos 14 anos jogou profissionalmente pela Pirelli. No ensino médio, decidiu começar a trabalhar para ajudar em casa, e permaneceu neste emprego por 11 anos no setor de atendimento. Estudou administração no IMES em 1989; e quando graduada, prestou concurso para o IMES e foi convocada em 1993 para trabalhar inicialmente na recepção, passando depois pela secretaria técnica e atualmente na sala dos professores. Conheceu seu falecido esposo no IMES, ele era professor, mas foi quando já funcionária que se iniciou o namoro. Então sempre frequentou os eventos da AFIMES e da APROXIMES. Após o falecimento de sua mãe fez um curso de especialização. |
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Pergunta:
Então, eu queria que você começasse falando, por favor, nome completo, local e data de nascimento.
Resposta:
Bom, meu nome é Maria Aparecida Vicente dos Santos, eu nasci dia 24 de junho de 1966 e trabalho aqui na universidade há 24 anos.
Pergunta:
Há 24 anos? Onde você nasceu ou você nasceu em São Caetano mesmo?
Resposta:
Eu nasci em Santo André.
Pergunta:
Aqui do ABC mesmo?
Resposta:
Do ABC.
Pergunta:
Muito bem, me fala quais são as memórias que lhe vem à mente dessa primeira unidade familiar, sua infância aqui em Santo André, sua família, o que você se recorda.
Resposta:
Bom, eu nasci no Camilópolis e entre Camilópolis e Utinga, eu estou até hoje, estudei no colégio do bairro mesmo e sempre gostei muito de esportes, jogava vôlei, hoje eu ando pelas ruas do bairro e as recordações são muito boas porque foi uma época muito feliz, sempre gostei de jogar bola, jogar vôlei e as lembranças são realmente boas do bairro.
Pergunta:
Era boa de vôlei?
Resposta:
Acho que sim viu? Sacava bem [risos], modéstia parte.
Pergunta:
Fale um pouquinho sobre seus pais.
Resposta:
Então, meu pai era ajudante geral, minha mãe era do lar e assim, a gente teve uma família muito carinhosa, muito amorosa, eu, meus pais e meus irmãos, sempre fiquei com meus pais, cuidei deles até eles irem embora, e assim, eles me apoiaram bastante no quesito de prática de esportes, minha mãe sempre cuidou muito de mim ali, do cuidado do lar, de refeições, roupa sempre ali, aquela coisa da mãe dedicada, meu pai também, então eles me ajudaram muito no quesito de estar podendo estudar, meus irmãos eram bem mais velhos e eles não tiveram a mesma oportunidade que eu, consegui fazer meu ginásio no bairro, colégio ali no bairro, consegui começar a trabalhar, fazer faculdade, então, realmente eles tiveram uma participação muito grande na minha vida, me ajudaram muito.
Pergunta:
Qual que era o nome dos seus pais?
Resposta:
Meu pai é Lucindo Vicente e minha mãe Maria Benedita Vicente, tenho eles aqui no meu coração [coloca a mão no peito] que me apoiaram em todos os sentidos na minha vida.
Pergunta:
E como que era a relação com esses irmãos mais velhos, você era a caçula?
Resposta:
Ah eu era a caçula, sempre fui a caçula protegida, então um ciúme por parte deles né, e até pelo fato de eu ter conseguido lutar para trabalhar, conseguir um espaço para estudar, porque quando eu comecei a estudar, meu pai pouco me ajudou, financeiramente, eu tive que, realmente começar a trabalhar para conseguir pagar meus estudos, meu colegial, minha faculdade, meu pai até conseguiu metade da bolsa para mim do colégio porque ele tinha conhecidos e isso me ajudou, mas assim, tudo foi muito sacrificado, eu vim trabalhar na USCS só depois que eu tinha feito a faculdade, então foi época assim de trabalho, de dedicação e eu me orgulho muito disso.
Pergunta:
Como foi esse começo na escola? Você falou que ali no bairro que você, hoje anda, relembra, como foi para você começar a estudar?
Resposta:
A princípio, como eu gostava muito de jogar vôlei, eu já sonhava, quero fazer um curso de educação física, quero ser professora, quero talvez até jogar num time, cheguei até a jogar na Pirelli, foi muito bom, aquela época da minha vida foi muito boa, e infelizmente, como meus pais não tinham muitos recursos, tive que optar por outra área, tive que fazer outro tipo de estudo para poder trabalhar mesmo, mas assim, acabei tornando tudo isso muito agradável, fui procurar trabalho, fui trabalhar no comércio, trabalhei 11 anos no comércio, sempre com atendimento, até hoje sempre trabalhei com atendimento, sempre gostei muito, com aqueles poucos recursos que eu tinha, eu procurava ser feliz, trabalhar, estudar, sempre tive comigo essa questão de melhorar, aprender e sempre estar em contato com as pessoas e aprender delas, e estudar tal, isso foi muito bom, isso para mim foi muito leve, hoje em dia, as vezes eu vejo o pessoal [Coloca língua para fora] naquele parto, para mim foi muito leve, estudar e trabalhar, foi muito bom.[5']
Pergunta:
Essa questão do vôlei, desde quando assim? Você falou que desde muito nova e tal, mas o que fez você ter essa atração pelo esporte e pelo voleibol?
Resposta:
Quando eu estudava no primário, a gente fazia um bate e bola, e alguém percebeu que eu jogava bem, então na época foi da Pirelli mesmo, o pessoal veio: ‘Aquelas pessoas, aquelas moças jogam bem', então realmente foi descoberta do clube, e eu comecei a treinar na escola durante a manhã e a tarde a gente sempre saía, às vezes até a noite para treinar na Pirelli.
Pergunta:
Você tinha quantos anos?
Resposta:
Eu tinha 14 anos.
Pergunta:
Começou com essa rotina de treinamento, aí disputou campeonato?
Resposta:
Nós chegamos na escola, mesmo no primário, a gente chegou a jogar em várias escolas, eu ainda lembro que tenho uma medalha de prata, que é o meu orgulho, que nós perdemos pro Papa João XXIII, escolas do bairro, a medalha de ouro nós perdemos para eles, então foi um marco muito grande na minha vida isso. Na Pirelli eu fiquei um tempo jogando até eu ter que, realmente, começar a trabalhar e aí infelizmente, o sonho ficou deixado de lado, fui e parti para fazer outra coisa, fui trabalhar no comércio.
Pergunta:
Como você conseguiu esse primeiro emprego?
Resposta:
Naquela época era tudo muito simples, então assim, a colega do bairro trabalhava, a colega ali do mesmo grupo que estudava junto, saía de fim de semana junto, dançava junto: ‘Fui trabalhar na concessionária da Honda, e a gente está precisando de gente lá', então foi assim, foi a indicação mesmo, fui, fiquei trabalhando 11 anos lá.
Pergunta:
E como que era seu trabalho?
Resposta:
Eu comecei a fazer Administração no colégio e comecei a trabalhar na área administrativa mesmo, por ser uma concessionária pequena, foi interessante, porque a gente fazia de tudo um pouco, desde contas a pagar, contas a receber, correspondências, eu cuidava de uma pequena boutique que tinha na loja, fazia compras, ao mesmo tempo que cuidava da boutique, vendia, fazia aplicações financeiras, fazia de tudo um pouco, era uma época bem legal, uma concessionária pequena, 10 funcionários, aprendi bastante ali, mas realmente, como o comércio, a gente sabe que quem cresce mais é a família dos donos, então eu tive a vontade de procurar outros empregos, tentar sair e acabei conseguindo prestar um concurso para a USCS para ganhar um pouco melhor, mas eu gostava muito do que eu fazia, gostava muito do trabalho em si, era muito legal.
Pergunta:
Você falou do bairro em Santo André, Camilópolis, né?
Resposta:
Isso, em Camilópolis.
Pergunta:
E você continua morando no mesmo bairro?
Resposta:
Continuo, na verdade, eu nasci em Utinga, mas essa escola que estudei, joguei vôlei é ali em Camilópolis, inclusive eu moro hoje na rua da escola, então é muito agradável até passear pelo bairro, vou votar lá, entro lá e fico olhando a quadra, até outro dia o pessoal comentou: ‘Nossa, todo mundo que entra aqui fica olhando essa quadra né', eu falei: ‘Lembranças muito boas que a gente tem dessa quadra' [risos].
Pergunta:
Muitos ACEs, muitos pontos de saque?
Resposta:
[risos] muitos pontos, a gente naquela época tinha turminha que ia dançar de domingo nos bailes dos anos 1980, sábado nas casas dos colegas e de domingo no Buso Palace que nem todo mundo conhece, famoso e era uma época muito boa, época dos anos 1980.
Pergunta:
Que músicas que costumava tocar?
Resposta:
Vários cantores aí, Cazuza [pausa], deixa eu pensar, pessoal do Rock Nacional, Paralamas do Sucesso, Roupa Nova tinha tanta coisa boa.
Pergunta:
E as festinhas?
Resposta:
As festinhas eram nas casas, nos sábados a noite, cada coleguinha fazia um bailinho na sua casa, todo sábado tinha casa para ir ao baile, no domingo a gente ia ao Buso Palace dançar, todo mundo, 20 pessoas mais ou menos, todo mundo com passinho para lá, com passinho para cá, nossa isso ficou muito na história, isso foi muito bom. [10']
Pergunta:
Fazia a coreografia do Thriller do Michael Jackson?
Resposta:
Fazia, Michael Jackson não podia faltar no baile, Queen, Sting, Rolling Stones, muito bom, muito bom.
Pergunta:
Quais as principais mudanças, como era a bairro do Camilópolis daquela época e quais transformações principais você viu acontecer como moradora?
Resposta:
Os apartamentos, antigamente as casas eram muito simples, inclusive a nossa, aquela casinha simples, a maioria das casas eram casas populares, casas simples, e hoje em dia a gente vê aquele monte de apartamentos, hoje se tornou um bairro que tem trânsito, por conta dos vários apartamentos e garagens e todo mundo tem carro, essa explosão imobiliária, o comércio também deu uma melhorada, mercados, casas de massas, casas de café, coisa que antigamente não tinha, mas tem muita gente de idade nesse bairro, muita gente que ficou, que fez história, que a gente caminha e conhece de muitos anos, então sempre gostei muito de morar ali.
Pergunta:
Como foi seu período de faculdade?
Resposta:
Meu período de faculdade também foi muito bom, por isso que eu falo, hoje em dia a gente vê os alunos tão estressados, então eu falo: ‘Gente, vamos tomar um chá, vamos conversar', porque foi muito bom, foi muito agradável para mim estudar e eu trabalhava o dia todo, ia direto para escola, chegava mais cedo, estudava, foi uma experiência muito boa porque é um crescimento muito grande que a gente tem fazendo uma faculdade, quando a gente abre a mente, porque você começa, você pensa pequeno e aquilo vai crescendo e crescendo, e a gente tem o exemplo de alguns professores, o professor Mauro Neves, foi um professor de administração de vendas, que ele corrigia a prova, e ele colocava: ‘O que você escreveu aqui ? Você pode pensar muito melhor! Você pode ir além' e aquilo tudo é muito bonito, eu falava: ‘Do que ele está falando?' e depois que você passa por todo esse processo é muito interessante, porque você aprende a pensar grande, então a faculdade é uma conquista que todo mundo deveria, mesmo quem não tem condições deveria se esforçar para fazer, porque vale muito a pena.
Pergunta:
Qual faculdade você cursou?
Resposta:
Administração.
Pergunta:
Em qual instituição?
Resposta:
Eu fiz na USCS mesmo, no antigo IMES.
Pergunta:
Antes de trabalhar aqui ou depois?
Resposta:
Antes, antes de trabalhar.
Pergunta:
Você como moradora da região, qual era a imagem que você tinha do IMES, antes de trabalhar aqui na universidade?
Resposta:
O IMES era considerado, como até hoje, uma das melhores escolas que tinha de administração, então a gente ficava na época, entre a Fundação e o IMES para fazer administração não tinha lugar melhor, e eu realmente, também não queria, antigamente tinham outras escolas, outros nomes que na hora de arrumar um emprego não eram tão bem vistas, então eu realmente foquei, prestei o vestibular e eu queria fazer numa boa instituição, era muito boa a imagem do IMES na época, como é até hoje, então eu fiz o vestibular, entrei, fiz um ano, parei três anos, depois eu voltei de novo, e na verdade eu parei porque na época eu era muito nova, não estudava direito, queria ir pros bailinhos e queria estudar, aí eu vi que o negócio não ia dar certo [risos], parei um pouco e depois eu voltei, aí eu voltei com tudo e fiz de novo meu primeiro ano, o primeiro ano eu enrosquei porque, economia, matemática, era meio complicado na época, então deu uma enroscadinha, aí eu fiz tudo de novo e aí foi muito proveitoso porque eu voltei com 23 anos, dos 23 até os 26, e foi muito proveitoso, foi muito legal.
Pergunta:
O que você lembra desse seu primeiro contato com a USCS dessas primeiras aulas, você citou por exemplo o professor Mauro Neves, tem alguns outros professores ou outras situações dessa época de aluna que você poderia citar para gente? [15']
Resposta:
Ah tem, tem sim, tem o professor Humberto, inclusive eu fiz com 19 anos eu fiz o primeiro ano com ele e depois eu voltei com 23 com o mesmo, com ele de novo, então eu me lembro de ter sentado na frente quando eu voltei e aí ele dava todos aqueles conselhos para os alunos, e aqueles alunos fazendo aquela barulhada e eu: ‘Pessoal, presta atenção no que ele está falando, porque o que ele está falando realmente a gente tem que fazer, porque se não vocês vão acabar igual eu que voltei aqui, porque eu não fiz isso que ele está falando' e aquela coisa, realmente de eu não estar muito madura e lembro também do professor Andrietta, ele dava as aulas dele, e além da matéria ele dava aquela experiência de vida que é uma riqueza, é uma riqueza que a gente assimila que a gente guarda e isso não tem preço, isso não se acha em qualquer lugar e o antigo IMES, quando eu estudei, teve muito isso, os professores sempre deram muito de si além daquela matéria, um pouco de si, do seu trabalho, do seu conhecimento, o professor Paulo Antônio foi meu professor de Economia, ele viveu fora do país um tempo e ele contava toda aquela experiência para gente, então assim, foi muito rico esse trabalho, foi uma experiência muito rica.
Pergunta:
Como era o IMES naquele momento, a gente está falando de que ano mais ou menos?
Resposta:
Foi de 1989 a 1992, era uma instituição muito gostosa, a gente tinha aula de sábado, inclusive, e a gostava muito, os professores sempre muito comprometidos, a equipe, eu tive sorte, a gente tinha uma equipe de estudos, ali um grupinho muito gostoso, sempre teve muitas palestras, gente de fora, era muito bom, foi uma experiência muito boa assim, inclusive meu falecido marido era meu professor na época, e assim tinha nada a ver, mas assim estava a matéria difícil e a gente assim: ‘Puxa, mas que professor exigente e tal' e é engraçado, depois eu vou chegar lá, mas é engraçado que depois mais para frente, a gente acaba mudando tudo [risos].
Pergunta:
Vou querer saber dessa história, não deixa acabar essa história não [risos].
Resposta:
É porque é interessante [risos].
Pergunta:
Você nesse período cursava a faculdade e ainda estava trabalhando na concessionária, né?
Resposta:
Isso, trabalhava na concessionária porque surgiram algumas oportunidades de fazer estágio, mas assim como meu pai não podia me ajudar eu tinha um pouco de receio, porque ali eu sabia que era fixo, tinha que pagar a faculdade, tinha que ser eu mesma, eu e eu, então eu tinha um pouco de receio, então não quis me arriscar, fazer alguns estágios, preferi ficar lá e pagar minha faculdade, era época de inflações galopantes de aumentos de 40%, 50% em 1992, foi uma época difícil, último ano de faculdade assim, foi um ano bem difícil para eu terminar, eu preferi ficar lá e terminar a faculdade, para poder terminar e não ter que parar, hoje a gente vê muita gente aí tendo que desistir por conta de desemprego e eu queria terminar a faculdade.
Pergunta:
E como se dá essa, você formada, como que ocorre aí até chegar ao concurso e você passar a trabalhar na USCS?
Resposta:
Então, nesse último ano, eu já tinha distribuído bastante currículos, era a época que a gente ia ainda preencher ficha em agências, aquela coisa manual bem mesmo, e alguns colegas de trabalho tinham várias pessoas que trabalhavam em empresas grandes e o pessoal: ‘Ah vou levar um currículo' e assim, eu me lembro de eu estar no corredor da sala de aula olhando o pátio, e eu tinha uma colega que vendia bijuterias e ela tinha bastante amizade com os funcionários da USCS e ela comentou: ‘Olha, está tendo concurso, por que você não presta?', eu não tinha inglês, justamente porque eu não podia pagar, então eu falei: ‘Eu vou fazer isso sim, eu vou prestar, de repente, quem sabe, né?', e eu prestei o concurso em 1992 e no começo de 1993 o pessoal me chamou, eu passei, na época, eu passei em primeiro lugar, eu acredito que justamente por eu estar terminando a faculdade, eu fui bem nas provas, professor Di Agustini, na época, ensinava a gente a sempre ler os jornais, estar sempre atualizado, então foi assim uma coisa que engrenou, eu estava afiada, digamos assim, tive facilidade de passar no concurso, e logo em seguida no outro ano, voltei na universidade como funcionária. [20']
Pergunta:
Já formada e como funcionária, né? Como foi essa sua recepção, seu primeiro momento aqui na USCS, agora como funcionária?
Resposta:
Então, foi muito legal porque, assim, eu fui trabalhar na recepção, e aí eu estava ali e tal, e assim, na época, uma funcionária ficou comigo, a Renildes ficou comigo uma semana, me passando trabalho: ‘Olha, é assim, assim, assim'[Sinaliza com a mão conforme as palavras ‘assim'], o forte era administração, então eu já conhecia muitos professores, então o pessoal passava por mim: ‘Oh mas você ?', e eu: ‘Ah sim professor, eu fui sua aluna e tal', então ali ficou mais fácil para eu trabalhar com atendimento, porque eu já sabia até quem eu ia chamar, com quem eu ia conversar, então ficou agradável inclusive, porque eu gostei de ter estudado aqui, gostava das pessoas, gosto de lidar com pessoas, então foi muito agradável para mim essa entrada na universidade, o professor Laércio, na época era vice-diretor, a Vivian foi me apresentar e ele: ‘Ah conheço essa moça, fui professor dela', então foi muito legal [risos].
Pergunta:
Você falou da recepção, onde era a recepção, como que era o prédio ali naquele momento?
Resposta:
Hoje no prédio B ali, onde tem os laboratórios de informática lá embaixo, o pessoal descia as escadas e a recepção era ali, a secretaria era ali do lado, o DP, como era tudo muito pequenininho era tudo ali junto, a reitoria ali no fundo, então era um ambiente até aconchegante, porque eram quatro cursos na época, então era tudo muito tranquilo.
Pergunta:
A recepção já era dentro do ... ?
Resposta:
[Interrompe] Descendo as escadas, era ali na frente, então você descia as escadas, tinha a recepção, à esquerda ali tinha contabilidade, o DP, várias salinhas, aquelas salinhas que são tudo laboratórios ali do fundo, eram todos da administração, então se concentrava tudo ali, sala dos professores, reitoria.
Pergunta:
A porta era aonde, vou entrar na USCS, onde que era a portaria?
Resposta:
Ali onde desce mesmo, a escadaria [movimenta mão para baixo].
Pergunta:
Ali era a portaria?
Resposta:
Não, ali era a recepção, a portaria era onde é mesmo, mas ali era a entrada da recepção dos alunos mesmo, onde os alunos se concentravam para chamar os professores, para resolver alguma coisa de carnê.
Pergunta:
Como se fosse uma recepção da sala dos professores?
Resposta:
Não, ali na verdade, é também da sala dos professores, só que tinha todo o administrativo funcionando ali embaixo, então se algum aluno tinha algum problema com contabilidade, secretaria, tinha um balcão da secretaria do lado direito, e elas trabalhavam lá dentro, tinha um balcão grande com as portas que se abriam assim [demonstra como se abriam as portas], o pessoal ia ali e perguntava, se o trabalho já tinha sido computado, então a secretaria tinha uns balcões que atendia ali.
Pergunta:
E as salas de aula são ali onde elas são mesmo?
Resposta:
Onde elas são ali no prédio B mesmo, não existia o prédio A ainda.
Pergunta:
Mas já existia aquela questão das salas de baixo e das salas de cima?
Resposta:
Já, já existia, ali aquele prédio B era do mesmo jeito.
Pergunta:
Auditório ali na frente?
Resposta:
Isso.
Pergunta:
Quando você chegou, você falou que foi recebida pelo professor Laércio, mas quando você chegou aqui, você lembra quem foi a primeira pessoa que você falou: ‘Olha, passei no concurso, vim aqui'.
Resposta:
Foi a Vera, a Vera era chefe do administrativo, então ela chamou, passou todas as normas, orientações, como deveria ser, horário de trabalho, foi a Vera que na época que...
Pergunta:
[Interrompe] Foi a primeira pessoa que te deu essa ...?
Resposta:
Isso.
Pergunta:
Fala um pouquinho sobre essa sua atuação nesse momento, tem alguma recordação, alguma história marcante ali desse começo de atuação na universidade?
Resposta:
Esse começo, foi assim, a concentração de alunos era grande, eu ficava incumbida de chamar os professores para atender os alunos e até alguns outros setores que tinham administrativos ali e tal, então era assim, o que eu me lembro é que tinham, as vezes, algumas pessoas querendo saber de nota, o porquê o professor não passou nota e não sei o que, aquelas coisas todas, então às vezes tinham alguns alunos bravos, então eu tinha que ter um jogo de cintura danada ali com aquele povo, porque ao mesmo tempo que saíam felizes uns que tiravam notas boas, outros que tiravam nota ruim queriam esganar o professor, então a gente tinha que ficar ali de olho, para ver se o aluno não vai brigar com o professor, então era essa fase aí de recepção da sala dos professores, eu me lembro assim de ter época de prova, como tem hoje, um tumulto assim, o pessoal bravo, época do pessoal estar feliz, então era ... [25']
Pergunta:
E como essa questão foi caminhando, então você chegou ali, como que isso ...?
Resposta:
[interrompe] Então, eu trabalhei três anos ali como recepcionista e depois eu fui para trabalhar com o pessoal da secretaria técnica, eu gostei muito de trabalhar na secretária técnica porque eu aprendi bastante coisa, como que funciona todo aquele trâmite, documentação de alunos, porque quando a gente é aluno, a gente não tem muita ideia, o aluno tem a ideia dele ali naquele universo, e de repente são 7 mil alunos, ele não tem noção da quantidade de professores, quantidade de cursos, quantidade de alunos e aí você aprende muita coisa, um lugar muito gostoso, foi muito bom ter trabalhado lá, aprendi muita coisa e deu uma visão da universidade, me deu uma visão muito grande como um todo e depois eu fui para sala dos professores já com essa visão, então ficava tudo muito mais fácil na hora que alguém questionava alguma coisa: ‘Para onde que vai este documento? Aonde vai isso?', então foi meio que outro curso que eu fiz, que me ajudou a direcionar meu outro trabalho depois quando fui trabalhar na sala dos professores, ainda fiquei um tempo trabalhando meio período na sala dos professores, meio período na secretaria, que também era gostoso porque você não cansava, você corria para cá, daqui a pouco você já estava ali, então foi tudo muito gostoso meu trabalho, não era uma coisa: ‘Ah meu Deus, tenho que trabalhar', não, sempre foi muito bom, porque eu sabia que se chegar lá ia ser uma coisa dinâmica, depois mais tarde você ia para outro setor e tinha aquele dinamismo, fala com um, atende aluno, atende professor, sempre foi muito bom.
Pergunta:
Você tocou numa questão legal, porque você há muito pouco tempo estava do outro lado, estava com a visão do aluno ...
Resposta:
É!
Pergunta:
E depois passou para o lado de cá da mesa, né?
Resposta:
Isso ajuda a gente até a entender o aluno, hoje depois de tantos anos de experiência, a turma fala, tem gente que fala: ‘Você tem um diferencial', mas não é isso, esse diferencial a gente adquire, realmente, com experiência, daquilo que você falou, de você estar do outro lado, e tentar mostrar para ele como é que a coisa funciona para ele entender, porque às vezes o aluno está meio assustado, está meio cansado, chegou do serviço e ele não está entendendo, aí você vai, com toda sua experiência, para passar para ele o que está acontecendo, o porquê daquilo, o porquê daquilo outro, às vezes você com quatro ou cinco palavras, você resolve uma situação, a experiência, ela ajuda muito nesse sentido.
Pergunta:
Dá para falar assim, o que mais te surpreendeu de quando você passou a ser funcionária, vamos dizer, tinha um entendimento enquanto aluna, e depois você viu lá na parte e falou: ‘Ah é por isso'. Tem algum exemplo disso?
Resposta:
É, eu tenho um exemplo de que uma vez eu fui no balcão, justamente foi uma situação do Mauro Neves, que ele dava uma nota de aproveitamento em vários trabalhos, então eu fui lá toda brava: ‘Poxa vida professor, você não computou minha nota?', e ele: ‘Não, você não fez esse trabalho!', aí fui lá na secretaria, no balcão: ‘Poxa vida, né.', e ela: ‘Não, você não fez!', aí a Cecília na época me atendeu: ‘Olha, assim, assim e tal, você realmente não fez esse!', aí eu olhava, mas assim, eu tinha aquela noção, micro: ‘Poxa, a pessoa tem que me atender aqui, eu sou aluna', mas eu não tinha noção de que o professor dava aula para várias turmas, eram vários alunos, e aí quando eu vim do outro lado, que comecei atender o professor, comecei a ver como é que funcionava essa questão do trabalho, da composição das notas, falei: ‘Mas espera aí, o negócio é amplo', então eu ri da situação, falei: ‘Poxa vida, como a gente pensa pequeno', mas não é, só você estando por trás lá, para você entender todo aquele processo, realmente eu estava errada, acontece muito o aluno às vezes acha, mas você sabe que tem todo um contexto por trás de análise da situação para ver quem está errado, se a pessoa deixou de estudar ou deixou de fazer, e foi uma situação engraçada e depois a gente acaba rindo da situação.[30']
Pergunta:
E como que foi trabalhar, você citou a Cecília, como que foi isso, começar a ser parceira de trabalho, de quem, até então, novamente, você estava do outro lado, como que foi essa questão e se poderia citar outras pessoas que aconteceu isso: ‘Ah, essa pessoa já me atendeu, como aluno, e agora estou aqui trabalhando com ela'?
Resposta:
A Cecília foi muito legal porque ela sempre me atendia em alguma questão que eu tinha dúvida ali como aluna, e depois, quando eu estava trabalhando lá com ela, passei a ficar do outro lado, então ela ia lá atender as transferências, eu como auxiliar, não fazia o trabalho dela, mas eu ia atrás, eu queria ouvir, ver como que era, como é que funcionava, porque eu achava muito interessante, era complexo a coisa, precisava de análise, que ela fazia aquela parte de transferência, então assim, eu gostava muito, procurava tentar o que eu pudesse aprender ali com eles, a Valdelice com a questão dos diplomas, a própria Leila, que era a nossa chefe lá, então a gente procurava sempre aprender com os mais velhos, e realmente, depois fazer aquela comparação de aluno e ter aquela coisa de pensar, de realmente tentar depois do outro lado, sempre procurar olhar, o que eu posso fazer para ajudar aquela pessoa, ela ficar bem com a situação dela lá seja lá qual for, então eu sempre achei que o fato de eu ter estudado aqui, enriqueceu meu trabalho, sempre achei isso, talvez se eu tivesse estudado em outro lugar, o efeito do meu trabalho não teria sido o mesmo.
Pergunta:
É que sua experiência acho que ela é um pouco diferente, a gente tem muito caso de pessoas que começam a trabalhar aqui e por estarem trabalhando aqui, começam a estudar, então tem a visão diferente, você já chegou tendo a visão do aluno, né?
Resposta:
Na verdade, depois de um tempo, agora que fui fazer um curso de pós, para me reciclar, e aí nesse curso de pós que eu fiz para me reciclar, que já fazia um tempo que eu não estudava, e aí que entrou nessa situação, mas aí o que eu aproveitei para fazer, até um trabalho de atendimento ao aluno, que foi o tema do meu TCC, da minha motivação em atender os alunos, porque ali eu atendo não só os professores, como os alunos também, então aí foi legal também porque eu pude juntar toda essa experiência ali, embora em um trabalho de TCC não dê para colocar que a gente pensa, mas na verdade a intenção de coração do trabalho, fora toda a técnica e norma que a gente tem que seguir, era fazer isso mesmo, procurar aprender mais e fazer com que isso me ajudasse sempre a atender melhor o aluno, sempre ter aquele olhar de tentar entender e ajudar quem está chegando ali, tanto um professor quanto um aluno, tem professor que chega novo na casa também, ele chega cheio de dúvida, ele fica até com receio: ‘Vou ficar te amolando', ‘Não, você pode perguntar o que você quiser que a gente está aqui para isso, estou aqui para ajudar, para tirar dúvida', até para deixar a pessoa mais confortável, até eu tenho um exemplo de um professor, como eu faço atendimento de professores e alunos, o professor Paulo Kim, ele é juiz federal, então ele chega todo assustado, porque ele está acostumado, com toda aquela coisa, protocolo, e eu chegava muitas vezes para ele, e falava: ‘Não professor, relaxa, calma, é assim...' e a pessoa tensa, e eu: ‘Calma professor, pode relaxar, é assim, faz assim.', então assim, isso faz toda uma diferença para deixar o trabalho da gente mais leve, por isso que às vezes as pessoas brincam comigo, eu sou muito brincalhona, até o professor Laércio uma vez brincou comigo, falou assim: ‘Continue sempre assim, porque isso dá um ar de leveza pro trabalho para as coisas' e eu sempre acreditei nisso.
Pergunta:
Fale um pouquinho mais sobre como é trabalhar na sala dos professores.
Resposta:
Como eu tenho já muitos anos de casa e acabei casando com um professor, casei com um professor, fiquei 12 anos casada, hoje sou viúva, infelizmente ele foi embora cedo, então eu acabei tendo a oportunidade de além de conviver com eles profissionalmente, conviver com eles fora, sempre participei das festas por conta de ser funcionária, meu marido por fazer parte da Associação dos Professores, então sempre participei muito das festas, então conheço além deles, as esposas, os esposos, então na verdade para mim, tornou-se também uma família, hoje sou viúva, sou sozinha, tenho a minha família, meus irmãos, meus pais também já se foram, e para mim, esse convívio com esses professores e com as pessoas que eu conheço, para mim é uma segunda família, me ajudou muito nas questões que eu tive de perda, de doença que passei por várias situações de doenças e perdas, então todos esses anos de convivência com essas pessoas me ajudou a crescer, me ajudou a ficar bem, que a gente começa a crescer, começa a estudar, começa a trabalhar e assim, a gente não sabe o que a gente vai passar, então toda essa convivência me ajudou a estar de pé, estar firme trabalhando ainda, estar bem aí, graças a Deus. [35']
Pergunta:
Fale um pouquinho sobre como se dá essa história quando funcionária, conhece o seu marido e vem a...
Resposta:
[risos] Isso foi engraçado porque eu fui muito brincalhona, eu me formei, ele foi meu professor, era uma matéria, era meio que economia na época, era difícil, e eu até falava: ‘Puxa vida, esse professor aí fica dando derivada de fração na prova e eu não sei resolver esse negócio, que professor chato', mas assim, passou o ano, a gente passou, aquela coisa toda, e na minha cabeça, falei: ‘Poxa vida, quando eu vir trabalhar aqui, se uma hora eu encontrar ele por aí, preciso até agradecer', porque a gente fica bronqueado com o professor, mas depois que passa, passa tudo, e aí, eu estava trabalhando lá na recepção, aquela coisa tal, e ele começou a vir dar aula nos sábados e passava por mim assim, ele sempre foi muito nervoso, meio invocado assim, com os livros debaixo do braço, passava batido e eu sempre brincalhona, cumprimentava: ‘Boa tarde, boa tarde', e ele não me respondia, e eu falava: ‘Mas que raio desse homem não me responde'[risos] e eu ficava: ‘Boa tarde', e eu tinha a manha de virar assim [vira corpo e cabeça] e falava: ‘Boa tarde.'[risos], eu acho que um belo de um dia ele falou assim: ‘Deixa eu cumprimentar essa moça que já está ficando desagradável o negócio', mas assim, sem malícia, sem intenção nenhuma, mesmo porque eu era assim com todo mundo mesmo, e foi indo, foi indo, foi indo, e assim, ele começou a brincar comigo, ele via, eu estava sempre lendo jornal, porque o Di Agustini ensinou a gente a estar vendo jornais, na época a gente tinha alguns lá que a gente podia olhar, no final do expediente, aquela coisa, uma folguinha, então ele: ‘O que você está lendo aí?', começou a parar, conversar e tal, e aí foi indo, foi uma coisa leve, foi uma coisa assim até engraçada, agradável assim, no sábado ele: ‘Senta aqui comigo, vamos tomar um lanche juntos', chegava no horário do lanche, na copa, e foi bem natural assim, um belo dia ele sentou ali: ‘Ah você namora?', quando você está paquerando, dá umas olhadas assim: ‘Ah não, não namoro, e você?' e ele: ‘Ah, eu sou separado', então aí começou a história [risos].
Pergunta:
Tem algum bailinho numa garagem que a gente possa ir? [risos]
Resposta:
É então, aí ele: ‘Você não quer jantar comigo?', até foi engraçado que foi perto do meu aniversário, falei: ‘Ah, vou ajudar minha mãe a fazer bolo', aí ele falou, isso foi no sábado: ‘E no domingo?', ‘Ah, no domingo tudo bem'. Aí, aceitei o convite para jantar, a gente foi se conhecendo, começamos a namorar, foi também, muito leve, foi muito legal também.
Pergunta:
Qual o nome dele? Para ficar registrado...
Resposta:
Flávio dos Santos, para quem conheceu ele, ele tinha aquele gênio forte assim [faz cara feia], com aquela cara de invocado, mas uma ótima pessoa, foi embora cedo, infelizmente, mas foi uma pessoa que procurou fazer o bem, ajudar as pessoas enquanto ele esteve aqui, um profissional muito competente, dedicado e graças a Deus fomos felizes, passeei bastante, viajei bastante e infelizmente, Deus resolveu levar ele cedo, é coisas de Deus mesmo.
Pergunta:
Cida, você acompanhou muitas mudanças nessa universidade...
Resposta:
[interrompe] acompanhei...
Pergunta:
[continua] desde aquela universidade que você conheceu ainda lá em 1989, fala para gente o que ficou marcado para você, quais aqueles momentos, ou aqueles fatos que ficaram na sua cabeça?
Resposta:
Vinte e cinco anos de USCS, eu me lembro que tinha uma equipe muito grande, trabalhando, fizeram uma festa muito grande comemorando os 25 anos, na época era de IMES, e assim, o crescimento, aquela preocupação, de estar sempre renovando, colocando mais cursos, esse trabalho, eu pude vivenciar esse trabalho das pessoas, Marco Antônio na época tinha aquela preocupação de sempre ter a equipe administrativa muito ativa, porque antigamente tinha aquela coisa: ‘Funcionário público não faz nada', não, ele sempre teve aquela preocupação de: ‘Não, meus funcionários vão ser diferentes, eles vão trabalhar, eles vão vestir a camisa' e realmente eu acompanhei todo esse processo, de sair um diretor, de entrar outro e todos com essa preocupação de manter o corpo administrativo bem ativo e preocupado, de estar sempre se aprimorando, hoje eu vejo o pessoal todo mundo estudando, trabalhando e procurando fazer faculdade, mesmo quem não tem, para realmente se aprimorar e procurar fazer o seu melhor para tornar o corpo administrativo mais capaz, mais competente, para estar até, com relação ao mercado, a gente sabe que tem muita competitividade, para estar sempre a frente né.[40'].
Pergunta:
E os professores, qual que é a diferença entre aqueles professores que você atendia aqui no começo e os atuais, dá para traçar um paralelo?
Resposta:
Dá sim, assim, ainda temos aqueles professores, tem professores aí que eu conheço há 20 anos, que estão aí ainda, e esses professores eles também tem, talvez essa mesma história como eu, e assim, hoje a gente vê um percentual desse pessoal mais velho de casa que também fez mestrado, fez doutorado, está aí junto, batalhando com a gente, e os novos que estão ingressando, que também estudaram fora, que vieram de outros lugares, que procuram se integrar a essa equipe, acho que é muito legal essa fusão, porque é a experiência com inovação, a cabeça do pessoal mais novo que traz novidade, traz outras coisas diferentes para os alunos e o pessoal mais velho que traz experiência, que traz aquela coisa da docência, do bom senso da ética, então eu acho que essa fusão aí é muito legal, até, você falou dos professores, dos funcionários também, o pessoal mais antigo, o pessoal mais novo, que vem aí com toda a inovação da informática, então eu sou uma pessoa que gosta muito de trabalhar em equipe, então se a gente juntar toda essa energia, eu acho legal.
Pergunta:
E o aluno? O aluno mudou muito?
Resposta:
O aluno mudou, o aluno está meio sem educação [risos], eu me lembro de ver o professor Macedo ali de pé, eu admirava muito ele, porque ele tinha uma postura que eu nunca vi coisa igual, aquela coisa, e eu admirava e respeitava, e assim, eu procurava ser educada e tal, hoje a gente vê o aluno um pouquinho mais agressivo, talvez por falta de oportunidades, eu tive oportunidade grande, trabalhar o primeiro emprego indicado, segundo concurso, hoje não, hoje a gente sabe que o aluno de hoje ele está com bastante dificuldade, às vezes a família não pode pagar a escola, ele não consegue emprego fácil, então ele chega aqui estressado já, então às vezes ele é um pouco mais agressivo, mas eu acho que aí entra o nosso trabalho, de tentar ajudar e falar: ‘Espera lá, não é assim, a gente pode te ajudar, na medida que a gente puder te orientar, para você poder fazer daqui sua segunda casa, para você aqui crescer e te ajudar à você diferencial aí fora'...
Pergunta:
Pode continuar...
Resposta:
É isso, aí cabe a gente enxergar isso e tentar ajudar ele a enxergar a coisa: ‘Isso vai passar, se você estudar e tiver um diferencial, e depois você engrena, faz uma pós-graduação' aí vai da gente conseguir se aproximar e na medida do possível, eu sempre procuro, se eu tenho um tempo a mais, se eu vejo que o aluno está ali, procuro passar alguma coisa a mais para a gente deixar uma marca: ‘Poxa, aquela pessoa me falou isso', porque as pessoas tem que procurar um diferencial hoje em dia, porque hoje em dia está tudo muito difícil, então: ‘Ah, vou fazer uma faculdade.' e eu: ‘Não, mas qual seu diferencial? O que você vai apresentar aí fora no mercado como diferencial para você sair na frente', então é isso que a gente tem que trabalhar para passar para os alunos hoje. [45']
Pergunta:
Você falou, há pouco, que você sempre foi uma pessoa extrovertida, animada, você deve ter alguma história engraçada para você contar para gente nesses 25 anos de USCS, né?
Resposta:
Engraçada?
Pergunta:
Uma curiosidade, ou algum fato que você ache que valha a pena ficar registrado...
Resposta:
Eu acho assim, que não seria assim engraçado, além do meu trabalho como secretária, eu faço um trabalho a parte como membro da Associação dos Funcionários, já faz vários anos que venho trabalhando com essa questão, eu acho legal essa experiência de integração que a gente tenta fazer com os funcionários, aí a gente procura fazer com que o pessoal tenha alguma coisa diferente, procure levar suas famílias, uma festa, um evento, que o pessoal possa se integrar, sempre tem algo bem gostoso, a gente sempre faz um baile, que aí faz eu recordar da infância, lá dos 14 anos, dos passinhos...
Pergunta:
[interrompe] toca Cazuza no baile?
Resposta:
Toca Cazuza no baile [risos], tem uma coisa até para registrar que tem uma festa que eu fui da APROXIMES, que aí, como eu sempre participava das duas, da APROXIMES e da AFIMES, você falou de fatos engraçados e eu lembrei, fazer os passinhos, os mesmos passinhos dos anos 1980, e do professor Robson, fazia uma observação: 'O que que a Cida está fazendo lá?', ‘Está fazendo os passinhos dos anos 1980', então a gente procura trazer aquela alegria também para agora, para o dia de hoje e procurar conviver aí também, ter um social, além do trabalho.
Pergunta:
Quando você falou da evolução, então você falou de tecnologia e tal? Você deve ter pego alguns avanços, coisas que no começo tinha que fazer assim e depois já se faz de um jeito mais fácil, até acredito que o contato com os professores, né?
Resposta:
Eu tenho um exemplo bem assim, interessante, que é o diário, o diário do professor, naquela época era uma pastinha, o diariozinho vinha lá, então a gente tinha que todo o dia montar as pastinhas em cima da mesa, o professor vinha, pegava sua pastinha e ia para a sala de aula, hoje o professor vai lá na sala de aula, ele tem a chavinha, abre o rack lá, e o computador e ele registra sua chamada ali, esse é o exemplo que mais me veio na mente assim, mais rápido de tecnologia, de avanço, naquela época a gente era aluno, às vezes a gente reclamava que estava calor na sala de aula: ‘O ventilador não vence', às vezes eu entrava atrasada na sala de aula e o professor Pulga, era bravo e ele: ‘O Cida, além de você entrar atrasada, ainda liga o ventilador', e eu: ‘Ah professor, valeu, é que eu estou com calor', hoje não, hoje o aluno tem aquela comodidade do ar condicionado, está lá, numa boa, eu acho que é um avanço, e não são todas, a gente sabe que têm várias escolas que não tem ar condicionado, aqui a gente tem, é um diferencial, então a gente vê que a escola vem trabalhando, realmente para promover o bem-estar e atualizar os serviços para os alunos, para todos, para o conforto de todos.
Pergunta:
Então você quer dizer que o professor Pulga já era bravo desde aquela época?
Resposta:
Ele era bravo desde aquela época [balança a cabeça para cima e para baixo e ri]!
Pergunta:
Algumas coisas não mudam, né?
Resposta:
Não muda [continua rindo], não muda, ele era bravo desde aquela época, mas assim, ele era muito legal também. Você sabe que ele tinha muita amizade com o meu marido, os dois eram meio invocado, e teve uma coisa que me marcou uma vez, eu ia mal, foi na matéria dele que eu repeti, uma das, foi contabilidade, contabilidade e economia, e eu estava mal, eu parei na porta da sala e ele falou assim: ‘Você não vai entrar para fazer a prova, a última?' e eu disse: ‘Não professor, eu vou desistir e fazer de novo, porque não tem condição, eu não estou conseguindo acompanhar.' e ele falou: ‘Puxa, mas você não vai nem tentar ? Vamos lá, tenta.' então você vê que mesmo atrás daquela coisa, às vezes a pessoa está um pouco brava, mas sempre tem um lado bom não é? Ele sempre foi um cara que sempre ajudou que tentou: "Vamos lá gente, vocês conseguem!", incentiva, todo mundo tem seu lado feroz, mas tem o seu lado bom, sempre tem, e o lado competente, ele sempre foi muito bom, então várias experiências nesse sentido.
Pergunta:
[50'] O que a USCS representa na sua vida?
Resposta:
Como vou te dizer? Uma parte do meu coração, porque foi muito importante pra mim, ter estudado aqui e vir trabalhar aqui, transformar isso numa coisa boa na minha vida, eu gosto muito daqui, gosto muito das pessoas, e tem gente que fala: ‘Poxa vida Cida, você com tantos anos de Universidade, você não quis galgar outros espaços, outros setores, trabalhos mais desafiantes, mais interessantes ?', sim, mas o contato com as pessoas, com esses professores, com esses alunos que se renovam, sempre foi muito bom para mim como pessoa, porque como eu sempre fui extrovertida e sempre gostei de pessoas, infelizmente, eu perdi meu pai, minha mãe e meu marido, então foi um baque muito forte, acho que até nisso Deus foi muito bom comigo, porque o fato de eu estar trabalhando onde eu estou ainda, mesmo depois de todos estes anos, sempre fez muito bem para mim porque renova a minha vontade de viver mesmo, porque eu estou ali dedicando ao meu trabalho, mas eu estou ali, e é uma troca não é? A simpatia e a alegria e a gente troca conhecimento, e isso faz muito bem para a alma. Então a USCS representa, realmente, uma partezinha do meu coração!
Pergunta:
Mais recentemente, você já disse, teve mais uma experiência, voltando aos bancos escolares agora na pós-graduação Lato Sensu, fala um pouco dessa experiência e como foi.
Resposta:
Foi muito interessante, porque eu tinha acabado de perder minha mãe, e eu perdi meu marido e minha mãe, então eu fiquei com uma depressão, e eu fazia psicanálise, até com o professor René também, que é um professor renomado da casa que me ajudou muito nessa questão das minhas perdas e ele até falou para mim: ‘Olha se você puder fazer alguma coisa, alguma atividade intelectual, vai ser bom' e eu falei: ‘Vou voltar a estudar! Vou fazer a pós-graduação para eu fazer uma reciclagem, para melhorar meu atendimento e até para eu não cair agora', então foi assim, um suspiro, eu levantei, eu estava ali quase [gesticula para baixo, como se estivesse caindo] levante, foi muito bom, as experiências com os professores da pós-graduação, professores também com uma experiência que a gente: ‘Poxa vida, como essa pessoa pensa tão grande?', como você consegue alcançar e aí você se sente assim, um grãozinho de areia no meio de todo aquele conhecimento e você poder galgar um pouquinho daquilo e assimilar um pouquinho até para se atualizar um pouco e estar um pouco mais por dentro das coisas, e fazer bem, o fato de estar estudando, então já foi naquela fase pós-luto, então me ajudou muito, eu chegava, sabia que tinha que estudar, eu tinha as provas, eu tinha os trabalhos, foi uma questão que me ajudava bastante, a pós-graduação estava aqui no campus na época, então a gente convivia com os professores nos corredores e eu me lembro de ter feito um trabalho sobre competências, e o professor, ele ia avaliar qual era o seu diferencial e tal. E eu fui, fizemos esse trabalho de grupo, entrevistando o pessoal do Habib's, e ele tinha que dar uma nota final, e ele tinha que observar qual era o meu trabalho, o que eu fazia. Então eu percebi que ele veio tomar um café na sala dos professores, para me observar, para ver o que eu que eu estava fazendo, como eu ia atender, como eu ia falar com ele, para ver se eu realmente fazia algum diferencial ali, e eu falei: ‘Ele não veio tomar um café aqui atoa.', foi o único dia que ele entrou ali para tomar café e eu falei: ‘Olha só como são as coisas!'. Então isso tudo foi muito bom, foi muito gratificante ter por isso, acho que todo mundo deveria fazer isso, por mais que: ‘Ah, vou fazer só um curso e vou parar', acho que todo mundo devia fazer um esforço e estudar, sempre faz muito bem.
Pergunta:
Se você tivesse que recomendar a USCS para alguém que não a conhece, que não conhece essa instituição, como você definiria?
Resposta:
[55'] Eu definiria como uma instituição que realmente é séria, sempre trabalhou com princípios éticos, sempre trabalhou com a preocupação com a educação, com a preocupação de estar passando sempre o melhor para os alunos, uma equipe muito boa de professores comprometidos com os professores que realmente podem fazer a diferença para o aluno, para o aprendizado tudo aquilo que eu falei, para ele ter um diferencial no mercado de trabalho que, como a gente sabe, está muito competitivo.
Pergunta:
Continua acompanhando o vôlei?
Resposta:
Infelizmente não [risos]. Não vejo, a professora Kátia Paula, na Nutrição, até me convidou, ela tem uma equipe lá em São Bernardo que joga e ela falou: ‘vamos lá, vamos lá com a gente jogar e tal', mas eu não me animei de ir não, infelizmente acabei deixando para lá o vôlei e acabei focando mais nessa coisa de atendimento, de administração e acabei ficando. Mas, ficou para trás, ficou um sonho que ficou para trás. A única coisa que eu faço hoje de hobby que eu gosto é ir ao clube e fazer uma hidroginástica, uma ginástica na água, eu gosto do clube, de piscina, isso eu faço, essa parte de esporte, de hobby. Mas eu vou ali, ficando para trás.
Pergunta:
E a música? As músicas...
Resposta:
Música, sempre que a gente tem oportunidade, em uma festa da AFIMES, que nós fizemos no Adventista, que nós levamos o pessoal lá, fiz questão de levar todos os meus DVDs de flashback que é para registrar os anos 1980, que isso ficou no coração também.
Pergunta:
Você citou algumas vezes a AFIMES, mas fale um pouquinho mais da AFIMES e da sua participação na AFIMES.
Resposta:
Na época, o Sidnei.
Pergunta:
Fale o que é a AFIMES.
Resposta:
A AFIMES é a Associação dos Funcionários da universidade. Então, a AFIMES tem a função de promover eventos corporativos e eventos sociais para integrar o pessoal. Eu sempre gostei muito, por conhecer muita gente. Na época o Sidnei, que era o presidente, me convidou para participar: ‘você conhece muita gente, você trabalha em um setor estratégico, que é a sala dos professores, tem facilidade de comunicação com os funcionários, então você é uma pessoa que vai me ajudar'. Desde então eu aceitei, justamente por eu ter acabado de passar por uma perda, meu marido tinha ido embora, então eu pensei: ‘eu vou pegar esse trabalho para focar em uma coisa legal' e também sempre foi uma experiência muito interessante, porque a gente aprende a fazer cotações de eventos, e a gente fica por dentro das coisas e a equipe acaba escolhendo um trabalho, outro para fazer e a gente tem uma equipe boa de trabalho hoje e foi um trabalho interessante, aprendi bastante coisa. As pessoas que são comprometidas, que gostam de fazer parte da Associação, eu acho que é um crescimento pessoal, você se integrar, fazer parte, trazer sua família, e esse trabalho acaba sendo assim um complemento, porque a pessoa vem, trabalha, então o fato de saber que tem essa Associação, que tem essa oportunidade de poder trazer sua família e passar um fim de semana diferente, passar um sábado, um domingo diferente quando tem oportunidade, acaba sendo uma integração ao trabalho e faz com que nós tenhamos momentos felizes também.
Pergunta:
Como foi essa experiência da universidade passar a ter um novo campus? Você começou no campus Barcelona, como aluna inclusive, falou até que o próprio campus, você viu o crescimento dele...
Resposta:
É, ele era um prédio, depois eu vi nascer o prédio A, depois eu vi construir ali, onde era uma cantina, ali onde é a reitoria era uma cantina, que na época eu até chegava lá, e não tinha dinheiro e via aqueles lanches lá, meu Deus do céu, eu tenho dinheiro só para coxinha [leva às mãos à face] [risos], esse monte de lanche, tudo isso é muito engraçado, e hoje a gente vê a construção que foi muito bacana a construção dos outros prédios, e quando eu vim trabalhar aqui no campus Centro, realmente eu vim à convite na época do professor Macedo, ele falou: ‘olha Cida, eu preciso de uma pessoa que já conhece a rotina da sala dos professores, eu preciso montar essa mesma estrutura lá e preciso de você lá para atender os professores e os alunos, então eu acho que você vai conseguir me ajudar' [01:00'], eu falei: ‘beleza, professor, vamos para lá então'. Aí eu vim para cá, começamos do zero, vieram duas funcionárias de outros lugares e, como gosto de trabalhar em equipe, falei: ‘gente, vocês vão trazer as experiências de vocês de fora, e eu tenho a minha experiência daqui e a gente vai trabalhar junto aqui e vamos tocar o barco'. Aí foi legal também, no começo eu vim aqui para o campus Centro quando estava tudo muito cru.
Pergunta:
Lembra o ano?
Resposta:
Foi 2004. E aí eu vim, estava tudo muito cru e os alunos: ‘ai meu Deus, não tem insufilm, não tem não sei o que', eu falava: ‘calma gente, calma que a gente acabou de vim para cá, daqui a pouco está tudo em ordem'. Então, eu vi esse prédio que a gente não tinha nem lugar para tomar lanche na redondeza, ‘vamos começar a procurar', então tinha pouca coisa, eu vi o crescimento, já faz 13 anos, a gente vê crescer os laboratórios, os laboratórios no quinto andar, são laboratórios hoje equipados, então eu acompanhei todo esse crescimento, hoje curso de Medicina, com todos aqueles bonecos, aquela tecnologia, então é um avanço muito grande.
Pergunta:
Lousa.
Resposta:
Lousa digital, a gente acompanhou todo esse crescimento aí. Há pouco tempo, a entrevista do professor naquela lousa que falta falar, então é muito interessante aquilo, diferencial que poucas universidades têm.
Pergunta:
E esse convívio com as áreas, na hora de atender, você falou de um professor que é juiz e tem uma coisa mais formal, como que é esse atendimento, tanto em relação ao aluno, quanto ao professor, de diferentes áreas?
Resposta:
Na verdade são perfis diferentes, então a gente acaba aprendendo a conviver com eles, uns são mais formais, outros mais lights, o pessoal. Então, é diferente, mas é legal, a gente tem o grupo do Direito, o clube do Bolinha lá do Direito, aí o pessoal da Educação Física, o pessoal da Nutrição, e a gente acaba aprendendo a lidar com eles. Na verdade as dúvidas são semelhantes, porque todos eles vão passar notas, todos eles vão fazer ocorrência, todos eles vão atender alunos, fazer o processo de compensação de ausência, então é tudo muito similar, talvez a forma de lidar com um pessoal mais formal, o outro mais informal, mas isso a gente acaba convivendo, conhecendo, e a gente acaba abusando um pouco até, quando a gente tem alguma dúvida, "professor, a gente tem uma dúvida familiar em uma questão", principalmente na saúde, "fulano doente", e o pessoal é muito legal, o pessoal ajuda a gente, dá dicas, o professor Paulo outro dia me deu uma explicação sobre um problema pulmonar que eu estou passando com o meu irmão, ele teve toda a delicadeza de me explicar, de me atender: "olha vem aqui, vem ver como funciona", então a gente aprende, é uma troca, muito gostoso, é uma troca de experiência de vida mesmo, isso não tem preço, eu acho.
Pergunta:
Cida, tem mais alguma coisa que você gostaria de destacar?
Resposta:
Eu acho que eu falei demais! [risos]
Pergunta:
Que você ache importante deixar registrado sobre história dessa instituição e sobre sua história nessa instituição?
Resposta:
O que eu acho que vale deixar registrado é assim, eu tive sorte de vim estudar aqui, de gostar do ambiente, de conhecer uma pessoa que passou a ser um familiar, meu marido muito querido e Deus me ajudou muito nessa questão. Então, eu acho que todo mundo deveria partir desse princípio de estudar, trabalhar, ter a sua vida social, familiar, tratar de fazer isso com amor, trazer amor para aquilo que você faz, porque você vai dar o seu melhor para as pessoas, e vai receber coisas boas, aquela coisa da energia boa, de você dar e receber, então eu acho que estudar, se aperfeiçoar, e dar o seu melhor, que essa troca, que eu fui muito feliz, sou muito feliz nessa troca, acho muito importante, todo mundo tem uma oportunidade disso, de passar por isso, eu acho que as pessoas não deviam deixar passar. [01:05'] Às vezes as pessoas fazem uma escolha, ficam lá pastando uma vida inteira fazendo uma coisa que não gosta, aí no final da vida, de conviver com fulano, transformar isso em atos de amor, de troca mesmo, e isso faz toda uma diferença, eu acho, até por questões de saúde, eu acho que faz toda a diferença na vida da pessoa, então essa é a minha vida, para mim isso sempre foi muito bom, essa experiência de injetar amor no que a gente faz.
Pergunta:
Só posso te agradecer imensamente aí pela participação no projeto e parabenizá-la por essa trajetória aqui na universidade, é muito importante aqui.
Resposta:
Obrigada! Eu agradeço muito o convite que me foi estendido, espero ter alcançado os resultados que vocês esperavam.
Lista de siglas presentes no depoimento:
IMES: Instituto Municipal de Ensino Superior.
USCS: Universidade de São Caetano do Sul.
DP: Departamento Pessoal
TCC: Trabalho de Conclusão de Curso
APROXIMES: Associação dos Professores da USCS
AFIMES: Associação dos Funcionários da USCS